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Idosa doa 3 órgãos após falecer aos 71 anos e realiza sonho de vida: 'Queria muito ser doadora, então sempre se cuidou', diz filha

Eva Gessi Dallabarba doou três órgãos após falecer, aos 71 anos No dia 27 de setembro, data em que se celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, Eva Ge...

Idosa doa 3 órgãos após falecer aos 71 anos e realiza sonho de vida: 'Queria muito ser doadora, então sempre se cuidou', diz filha
Idosa doa 3 órgãos após falecer aos 71 anos e realiza sonho de vida: 'Queria muito ser doadora, então sempre se cuidou', diz filha (Foto: Reprodução)

Eva Gessi Dallabarba doou três órgãos após falecer, aos 71 anos No dia 27 de setembro, data em que se celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, Eva Gessi Dallabarba completou 71 anos. Poucos dias depois, em 10 de outubro, ela faleceu após sofrer o terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mesmo diante da dor da perda, sua família encontrou consolo em um desejo de Eva: doar seus órgãos. Moradora de Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, Eva teve o fígado e os dois rins doados para três pessoas que aguardavam por um transplante. A decisão não foi surpresa para os filhos e para a caçula, Liliane Dallabarba, as conversas que a mãe sempre teve sobre o tema são lembradas com carinho. “Ela sempre falou, desde que éramos pequenos. Tinha muita liberdade conosco sobre o assunto. Sempre comeu pouco, certinho, hidratava-se, comia de maneira saudável, porque sabia que um dia iria doar e precisava ter saúde”, contou Liliane. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Gaúcha de nascimento, Eva escolheu Santa Catarina como lar há 38 anos, onde criou seus três filhos e trabalhou como cozinheira. De acordo com Liliane, a mãe sempre conversava com a família sobre a importância da doação de órgãos. Por lei, a família de Eva não tem como saber oficialmente quais pacientes receberam os órgãos dela. Mas Liliane conta com orgulho a história da mãe e acredita que a história dela pode inspirar outras pessoas a expressar para a família o desejo de doar órgãos. "Quem sabe eu não perdi minha mãe, mas outra pessoa vai ter a mãe dela com ela mais tempo, outra avó vai estar com os netos mais tempo, sabe?", explica. Eva Gessi Dallabarba, que doou 3 órgãos após falecer Liliane Dallabarba/Arquivo pessoal Gesto começa com simples conversa Ainda de acordo com a família, Eva sempre teve clareza sobre seu desejo de doar órgãos. Mesmo enfrentando problemas de saúde, como glaucoma, dois AVCs e um infarto, ela manteve o corpo saudável, com alimentação equilibrada e hábitos conscientes. Para a filha, o gesto da mãe é um exemplo e começa com uma simples conversa. O coordenador estadual de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade, explica que a maneira mais efetiva de ser doador de órgãos é comunicar esse desejo à família. "O que nós queremos agora é conscientizar as pessoas de que o que a minha mãe fez você também pode fazer, a sua família também pode fazer. Independente se você é jovem, se você tem mais idade. A doação de órgãos da minha mãe foi resposta a três famílias", contou Liliane. Nos primeiros sete meses desse ano, foram realizados 982 transplantes de órgãos e tecidos em Santa Catarina. Os maiores registros foram córneas (317), rim de doador falecido (174) e fígado de doador falecido (74). “O momento é café da manhã, almoço, janta, ou em uma conversa informal, dizeres para a tua família ‘eu sou doador’. Isso resolve”, resumiu. Família decide doar órgãos de bebê que morreu após parada cardíaca em creche Mulher perde função renal e recebe rim do próprio marido Paciente faz 4 transplantes de fígado em 1 ano em SC e agradece equipe médica Eva Gessi Dallabarba com a filha mais nova, Liliane Liliane Dallabarba/Arquivo pessoal VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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