Cachoeira com pêndulo, fervedouro e cavernas: conheça cidade goiana famosa por turismo de aventura
Cachoeira com pêndulo, fervedouro e cavernas: conheça cidade goiana famosa por turismo Uma cidade que fica a cerca de 500 km de Goiânia, no extremo nordeste ...

Cachoeira com pêndulo, fervedouro e cavernas: conheça cidade goiana famosa por turismo Uma cidade que fica a cerca de 500 km de Goiânia, no extremo nordeste do estado, Mambaí atrai turistas que buscam aventura em meio às cachoeiras, fervedouro e cavernas. Em uma delas, é possível fazer um pêndulo na queda d'água; em outro ponto, uma tirolesa passa entre dois cânions. Veja alguns pontos da cidade, que fica quase na divisa com a Bahia. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mambaí tem 8.124 habitantes. O munícipio recebe todos os anos cerca de 5 mil turistas, que movimentam vários setores da economia local. Entre os atrativos que os visitantes encontram na cidade estão a Cachoeira do Funil, onde uma pedra permite fazer um pêndulo em corda; um poço onde a força da nascente impede a pessoa de afundar; e vários lugares com contato direto com a natureza e o Cerrado. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, entre os destinos mais procurados pelos visitantes que vão até a cidade estão: a Cachoeira do Funil, a Lapa do Penhasco, a Lapa das Dores, a Trilha dos 3 Poços Azuis e a Cachoeira Paraíso do Cerrado. Cachoeira do Funil, onde é possível fazer pêndulo com corda Reprodução/TV Anhanguera Turistas A professora de português, Letícia de Castro, é de Brasília, cerca de 300 km de Mambaí Mambaí tem se tornado cada vez mais conhecida como destino de quem procura contato com a natureza, cachoeiras e até um pouco de aventura. A cidade é citada como um tesouro, por quem conhece, além de ser muito acessível nos preços de hospedagem, guias e outros gastos, dizem os frequentadores. A professora de português, Letícia de Castro, é de Brasília, cerca de 300 km de Mambaí, e contou ao g1 que ficou sabendo da cidade através de amigos em comum. Segundo ela, é um lugar muito bonito e acolhedor, o que deixou a professora surpresa foi o fato de as pessoas que têm costume de viajar ainda não terem descoberto as belezas de Mambaí. "Eu achei Mambaí um lugar incrível, acolhedor, cheio de natureza, mas muito pouco conhecido. É um lugar que me surpreendeu muito", disse a professora. Letícia destacou a Cachoeira do Funil como um dos principais pontos de Mambaí: é lá que tem o famoso pêndulo e onde o visitante pode acessar passando por dentro de uma caverna e olhar a queda d'água de trás da cachoeira. "Dá uma sensação de imponência, de força. Eu realmente me senti abraçada pela natureza, pela terra, pela energia do lugar", contou. "Outro ponto que eu acho muito relevante trazer é o fato de Mambaí ter fervedouros que não são formações comuns no dia a dia. Ter um fervedor ali no meio de Goiás, também amei, achei incrível e super divertido", afirmou a professora. Letícia também conta que as opções são muito variadas e divertidas, com cachoeira, caverna, fervedouro, grandes lagos e trilhas. E destaca que outro atrativo é o preço acessível, que permite que qualquer pessoa possa conhecer de forma democrática. Miguel Melo também é de Brasília e, segundo ele, divide o tempo entre tatuador e as viagens de moto que faz para conhecer vários lugares. Ele conheceu Mambaí e publicou um vídeo contando sobre as aventuras da cidade. "Existe um paraíso natural pouquíssimo explorado; eu chamei um 'brother' para a gente conhecer um pico no Goiás que quase ninguém 'tá ligado', mas que eu sabia que tinha um potencial gigante", destaca. Miguel citou os pontos que achou mais bonitos: uma travessia de caverna que desembocava numa cachoeira, onde rolou de fazer rapel e pêndulo no meio de dois arco-íris; tirolesa; rapel na caverna; cachoeira; trilha; lagoa de água cristalina; fervedouro e pôr-do-sol. Segundo ele, os preços também chamam a atenção por ser um destino barato e perto de onde mora. Miguel alerta somente para o fato de quase todos os atrativos serem em propriedade privada e precisarem de guia, então é preciso agendar com antecedência. "A gente passou só três dias na cidade, mas já deu para ver quase tudo, os passeios são todos próximos do centro, a maioria dá para fazer com qualquer tipo de veículo", disse. Rapel entre os cânions de Mambaí Arquivo pessoal/Letícia de Castro Área preservada Segundo dados da Secretaria de Turismo, Mambaí está na região com a maior área de Cerrado preservado, localizada em uma unidade de conservação federal, que é a Panacense do Rio Vermelho. A cidade abriga também o segundo maior parque municipal do estado, o Parque Municipal do Pequi. De acordo com a gestão da cidade, Mambaí está passando por um processo de elaboração do plano municipal com objetivo de fortalecer o turismo na região. Hoje a economia arrecada com os visitantes nos setores de hospedagem, alimentação, artesanato, lembrancinhas, farmácia e postos de combustível. Mambaí tem atualmente 11 hotéis e pousadas. Economia Segundo a prefeitura, Mambaí tem hoje mais de 8 mil habitantes e recebe por ano cerca de 5 mil visitantes. O turismo de natureza gera mais de 500 empregos diretos e indiretos, que movimenta milhões de reais na economia da cidade. Cachoeira do Funil A Cachoeira do Funil é o cartão-postal de Mambaí, com cerca de 20 metros de altura. Ela fica a seis quilômetros da cidade, depois de uma trilha de 980 metros com labirintos de pedras, rios e uma rica vegetação do Cerrado. Para chegar à cachoeira, existem duas opções: por fora ou por dentro da caverna. Pela caverna, que leva o mesmo nome, a aventura dura cerca de 10 minutos e, ao final, é possível observar a cachoeira de dentro para fora. Na cachoeira, existe uma grande pedra, de onde as pessoas se aventuram no pêndulo, conhecido como balanço da Dani Monteiro. Lapa da Cachoeira do Funil A caverna fica na Fazenda Funil e, para chegar ao acesso da caverna, é preciso fazer um percurso de cerca de 30 minutos. A caverna tem duas entradas e uma delas drena todo o volume de água do Córrego Ventura. O local não é aconselhado em períodos de chuva. No lugar, existem cânions com paredões de aproximadamente 40 metros de altura. Na boca principal, a vegetação ciliar é bem conservada e há bandos de andorinhões que se abrigam atrás da cachoeira. Lago e Fervedouro do Léo O Fervedouro do Léo é um lugar que tem um pequeno poço onde os banhistas não afundam por causa de uma nascente tão forte que os mantém na superfície. De acordo com informações do município, parece areia movediça, mas não é. O poço fica na Fazenda Rio Vermelho. Da sede da fazenda até o local, são cerca de seis quilômetros e, para chegar, é preciso usar carros apropriados ou ir a pé. O acesso é considerado fácil. As visitas devem ser agendadas nas agências de viagens, e o passeio custa R$ 55. Lago do fervedouro Reprodução/Observatório do Turismo Trilha Interpretativa (Projeto Florescer) Localizada na Chácara Florescer, a Trilha Interpretativa tem pouco mais de um quilômetro de extensão. O projeto recebe até quatro grupos de pessoas por dia, passando por uma floresta primária com exemplares de angico vermelho e pau ferro. Os turistas têm acesso a um banho de cachoeira e lanche. Trilha Itaguassu A Trilha Itaguassu tem 4.460 metros de extensão, em formato circular, e fica a cerca de um quilômetro da cidade. Recebe o nome em homenagem à memória da moradora Ita, uma das primeiras guias de turismo do município. A trilha passa pelo Rio Vermelho, Rio das Pedras e por mata de galeria, mata seca, mata de vereda e mata calcária. Na trilha, os visitantes encontram um labirinto de pedras, o romântico mirante dos namorados, a Caverna da Lapa Rio das Pedras e uma piscina natural. É preciso ir com um guia turístico, pois existe risco de se perder. Trilha do Cancão Danado A Trilha do Cancão Danado tem dois quilômetros e seu nome homenageia um pássaro da região. Ela oferece muito contato com a natureza e banhos de rio. A trilha passa duas vezes por um rio e chega a uma cachoeira. O percurso não é permitido no período das chuvas. Para visitar, é preciso a presença de um guia turístico, por estar em propriedade privada e não ter sinalização. Ao longo do trajeto, os visitantes se deparam com frases como: “Pertinho da natureza, a gente é mais feliz!”, “Faça valer a pena, as oportunidades não voltam!”. 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